Coz é uma das povoações mais antigas pertencentes aos Coutos de Alcobaça. Situada a 14km de Alcobaça, era uma zona de solos férteis que se tornou desde muito cedo um dos pontos da acção colonizadora dos monges de Cister.
Sete séculos antes de Cristo, fundaram os fenícios, próximo de Alcobaça, uma colónia a que deram o nome de COZ, em memória da ilha com o nome de Kos, de que então eram senhores, pertencente ao arquipélago de Esporádes, nas proximidades das costas da Ásia Menor. Em 1514 recebeu foram de D. Manuel I, sendo na altura vila dos Coutos de Alcobaça.
Começou por uma pequena comunidade de religiosas que se juntaram com intuito de tratar das vestes dos frades. De início sentiram algumas dificuldades, mas desde logo se foram afirmando e, em 1241, a comunidade já se assumia como Conventual.
A construção do Mosteiro que hoje podemos admirar começou em 1558, estando concluído em 1670. Este é considerado por muitos historiadores um dos mais ricos mosteiros femininos cistercienses. O Mosteiro terá sido profundamente remodelado nos séculos XVI e XVII. O interior da Igreja está todo decorado a azulejos setecentistas, destacando-se ainda o altar-mor coberto de talha dourada que data do início da talha barroca em Portugal. Completamente destruído após 1834, o Mosteiro receberia a classificação de Imóvel de Interesse Público em 1946.
No local denominado Pedrógão, lugar da Póvoa, contam as lendas, que existiam inúmeros vestígios romanos e entre os quais os restos das primitivas construções, mosaicos e o célebre mosaico dito do “Rei de Coz”, que se encontra actualmente no museu Leite de Vasconcelos em Lisboa, depois de ter sido retirado de um edifício existente no Pedrógão.